Tribunal nazi convertido<br>em condomínio de luxo
O edifício do antigo tribunal militar do Terceiro Reich, em Berlim, foi transformado num condomínio de luxo, cujos apartamentos são agora propostos no mercado a mais de quatro mil euros por mês.
Para muitos historiadores e associações de veteranos anti-nazis, a reconversão daquele local é chocante e demonstra que «a Alemanha está a sofrer de uma amnésia completamente incompreensível», como declarou Manfred Krause, presidente do Fórum da História Legal da Alemanha, especializado na investigação das injustiças nazis.
Naquele tribunal, desde 1936 até ao fim da Segunda Guerra Mundial, foram condenados à morte mais de 1400 combatentes da resistência e objectores de consciência. «Houve aqui demasiadas condenações à morte. É inconcebível que se tenha convertido este local numa área de residência de luxo», notou Johannes Tuchel, director do Centro Memorial da Resistência na Alemanha (El Pais, 30.01).
A polémica em torno do antigo «tribunal da morte» remonta a 1997, quando as instalações deixaram de ser utilizadas pelo Estado. Várias organizações propuseram a transformação do edifício num centro de memória sobre as vítimas do nazismo, mas nunca obtiveram as verbas necessárias. Em 2006, o governo alemão decidiu vendê-lo à construtora Allod Immobilien, evocando a degradação acelerada do imóvel devido à falta de uso.
Para muitos historiadores e associações de veteranos anti-nazis, a reconversão daquele local é chocante e demonstra que «a Alemanha está a sofrer de uma amnésia completamente incompreensível», como declarou Manfred Krause, presidente do Fórum da História Legal da Alemanha, especializado na investigação das injustiças nazis.
Naquele tribunal, desde 1936 até ao fim da Segunda Guerra Mundial, foram condenados à morte mais de 1400 combatentes da resistência e objectores de consciência. «Houve aqui demasiadas condenações à morte. É inconcebível que se tenha convertido este local numa área de residência de luxo», notou Johannes Tuchel, director do Centro Memorial da Resistência na Alemanha (El Pais, 30.01).
A polémica em torno do antigo «tribunal da morte» remonta a 1997, quando as instalações deixaram de ser utilizadas pelo Estado. Várias organizações propuseram a transformação do edifício num centro de memória sobre as vítimas do nazismo, mas nunca obtiveram as verbas necessárias. Em 2006, o governo alemão decidiu vendê-lo à construtora Allod Immobilien, evocando a degradação acelerada do imóvel devido à falta de uso.